5 novos fatores sobre o consumidor para o mercado de varejo começar a se adaptar
Os tempos são outros. A crise econômica e o aumento do desemprego afetam a expectativa do consumidor brasileiro, que se vê obrigado a encontrar alternativas para reduzir seus gastos. O volume de produtos de limpeza, higiene e beleza, bebidas alcoólicas e não alcoólicas, itens perecíveis e outros caíram em volume de vendas por lar do ano passado para cá. Segundo dados da Nielsen, essa queda foi em média de 3,5% e este número começa a assustar os varejistas.
Diante deste cenário, a Nielsen procurou estudar os fatores essenciais sobre o consumidor para que os fabricantes e os varejistas se adaptem à essa nova dinâmica de compra e se fortaleçam para os próximos anos. Veja abaixo quais são eles:
Atenção ao preço
O primeiro passo a ser executado é acertar na execução das estratégias de preço. Períodos inflacionários são os momentos fundamentais para esta prática. Na pesquisa realizada, observou-se que o consumidor que vai à loja e vê um preço muito alto, imediatamente procura outros itens da gôndola para comparar valores.
Trocando conveniência por economia
Pensando no fator ‘preço’, o consumidor passa a adaptar suas compras as realizando no ‘atacarejo’, um mercado que cresceu 47% por meio da abertura de novas lojas no país. Já no hipermercado, o aumento é na compra de reposição, sendo a procura por conveniência o principal papel do varejo. Lojas menores são menos acessadas por não garantirem um preço competitivo que o consumidor procura.
Desprendimento às marcas
O conceito de fidelização está abalado. A análise revelou que 41% das marcas líderes retraíram o volume de vendas em 2015. 6 das 10 marcas líderes perderam lealdade, sendo trocadas por outras mais baratas, o que está diretamente relacionado à preferência dos lares e suas marcas prediletas. Segundo especialistas, o momento pede foco em inovações com relação de custo/benefício, manter investimentos em mídia, condicionando a lembrança constante e estabelecendo vínculos com o consumidor.
Não dispensa o supérfluo
Quem não deve sair da mira de fabricantes e varejistas são os ‘millenials’, a geração de 21 a 34 anos. 37% deles já avisam que não pretendem economizar. Esta geração é caracterizada por comprar por impulso e não abrir mão do que gosta, incluindo itens supérfluos. Eles também são 10% mais leais às marcas líderes, por se engajarem com elas. E por serem mais conectados, tomam suas decisões de compra através das redes sociais.
E-commerce para todo tipo de compra
O brasileiro já está habituado a comprar via e-commerce, mas essas compras ainda são muito concentradas nas categorias de produtos eletrônicos, livros e DVDs. Todavia, as oportunidades existem no mercado de bens de consumo, com destaque para os produtos de higiene e beleza, que possui 83% de venda online. O consumidor já enxerga o e-commerce como um meio para efetivar suas compras de supermercado, deixando de ser um local onde antes só se fazia comparações de preços e busca por ofertas.